A Defensoria Pública do Estado de Pernambuco, por meio do Núcleo de Buíque, realizou recentemente mais de 20 exames de DNA gratuitos através do projeto “Meu Pai Tem Nome”, beneficiando famílias que aguardavam há anos o reconhecimento da paternidade. Entre os processos atendidos, havia casos que estavam parados há quase uma década, apenas aguardando a confirmação genética para que as crianças pudessem ter o nome do pai no registro civil.

O projeto é uma iniciativa da DPPE em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde e tem como objetivo garantir, de forma acessível e gratuita, o direito à identidade e à filiação. Os exames são realizados com o uso dos kits, que permitem a coleta do DNA de maneira rápida, segura e sem custos para pessoas em situação de vulnerabilidade social.

Entre 2024 e 2025, dezenas de crianças em Pernambuco já tiveram a paternidade reconhecida graças ao projeto, o que impacta diretamente na construção de vínculos familiares e no acesso a direitos básicos, como pensão alimentícia, herança e inclusão em planos de saúde.

O defensor público Gustavo Cardoso, coordenador do Núcleo de Buíque, destaca a importância da ação para a população local.

"Quando a gente fala de um exame de DNA, não é só sobre um pedaço de papel com um resultado. É sobre dar a essas crianças o direito de saber quem são, de ter o nome do pai no documento e, muitas vezes, de fechar um ciclo de espera e incerteza. Nosso trabalho aqui é justamente esse: tornar o acesso à Justiça uma realidade para quem mais precisa", afirma.

Em Buíque e em todo o estado, o projeto “Meu Pai Tem Nome” segue mudando vidas. A Defensoria Pública continua atuando para que o direito à identidade e à verdade chegue a quem mais precisa.

É também uma forma de garantir às mães o direito de exigir legalmente uma paternidade responsável, com a devida contribuição material e afetiva, tão essencial para o desenvolvimento integral de seus filhos.