O termo racismo ambiental foi criado em 1982 por Benjamin Chavis, ativista do movimento dos direitos civis nos Estados Unidos, para definir a discriminação racial no seio das políticas ambientais, a partir da exclusão de grupos de vulnerabilizados do debate em torno dessas políticas, considerando que o modelo de desenvolvimento adotado acaba por afetar, de modo direto, esse mesmo recorte populacional.
Já parou para pensar que os custos sociais e ambientais do desenvolvimento recaem de modo desproporcional sobre determinados grupos de pessoas? Quando pensamos em enchentes, alagamentos, deslizamentos, desastres ambientais e efeitos negativos diversos da degradação ambiental, quem são os mais atingidos?
Certamente essas reflexões nos conduzem a uma resposta: a população mais afetada é a negra e periférica, a indígena e as comunidades tradicionais, que, contraditoriamente, são os que menos contribuem para a destruição do meio ambiente.
No entanto, é justamente o grupo mais afetado que é excluído do debate ambiental, da discussão sobre as políticas públicas que impactam direta e desproporcionalmente as suas próprias vidas, havendo um déficit democrático na realização das escolhas dos modos de vida e desenvolvimento.
DPPE INFORMA – FUNCIONAMENTO DO PLANTÃO NO FINAL DE SEMANA
A Defensoria Pública de Pernambuco funciona em regime de plantão nos finais de semana. O atendimento acontece por e-mail disponível