DEFENSORIA PÚBLICA DE PERNAMBUCO VISITA COMUNIDADE DO CARANGUEJO, EM OLINDA, PARA VERIFICAR SITUAÇÃO DA POPULAÇÃO APÓS AS FORTES CHUVAS DE MAIO
A Defensoria Pública de Pernambuco, por meio do Núcleo de Terras, Habitação e Moradia (NUTHAM), realizou visita, nesta sexta-feira (05), a Comunidade do Caranguejo em Sítio Novo, Olinda.
Estiveram no local a coordenadora do NUTHAM, Isabel Paixão, e a colaboradora Carol da Fonte, onde foi possível averiguar, de perto, as necessidades dos moradores da localidade que tiveram suas casas inundadas durante as fortes chuvas de maio.
O atendimento realizado faz parte do Plano Emergencial de Ações Institucionais e Solidárias da Defensoria Pública de Pernambuco que leva até comunidades atingidas, além de solidariedade por meio de donativos diversos, serviços de atendimento jurídico e retiradas de documentos.
De acordo com Isabel Paixão, coordenadora do NUTHAM, a Associação dos Moradores do Caranguejo solicitou a presença da Defensoria após identificar vários moradores com problemas semelhantes que vão desde o não recebimento do auxílio moradia do Governo Estadual diante a interdição de várias residências, até a necessidade de retirada de segunda via de documentos para, desta forma, ter acesso aos programas sociais necessários.
“Durante a visita na comunidade ficou muito clara a inserção das residências em área próxima ao rio Beberibe e ao Canal do Arruda, portanto, quando acontece de chover como aconteceu em maio, as casas são invadidas pelas águas. Então viemos até aqui entender o que está acontecendo, visitamos algumas casas na comunidades e verificamos a real necessidade das famílias que foram afetadas pelas cheias”, explicou Isabel Paixão.
A coordenadora do Núcleo de Terras Habitação e Moradia disse ainda que muitas famílias não receberam o auxílio do governo estadual e que é necessário identificar, por meio do levantamento que será realizado pela presidente da associação dos moradores, Edilene Silveira, quais os entraves que estão obstaculariizando o acesso dessas pessoas aos benefícios.
“Muitos moradores ainda não receberam o auxílio moradia e, ao mesmo tempo, muitas famílias tiveram suas casas interditadas. Diante deste impasse as famílias ficam impedidas de sair de suas casas por não ter renda para custear o pagamento dos alugueis. Verificamos, também, que outra demanda urgente é a do saneamento básico que não existe. As ruas estão com esgoto a céu aberto como testemunhamos hoje e houve inclusive, após as chuvas, relato de contaminação por leptospirose na comunidade”, relatou Isabel Paixão.
Dona Maria do Socorro, que teve sua casa vistoriada pela equipe da DPPE, relatou a surpresa e alegria com a inesperada visita em sua residência: “A Defesa Civil quer que eu saia da minha casa. Mas eu vou pra onde? Ainda bem que vocês apareceram aqui, eu nem esperava”.
De acordo com Edilene Silveira, presidente da Associação dos Moradores do Caranguejo, foi solicitada a presença da Defensoria Pública de Pernambuco para orientar a população da localidade sobre como buscar seus direitos diante da situação de calamidade ocasionada pelas chuvas e o consequente alagamento na região.
“Eu creio que quando a gente consegue trazer a Defensoria até o local onde existe o problema, acreditando no trabalho que eu vejo que a instituição realiza, entendo que vai ser de grande valia para a nossa comunidade”, agradeceu, Edilene Silveira.