Pular para o conteúdo

DPPE GARANTE RECONHECIMENTO DE IDENTIDADE DE GÊNERO POSTERIOR AO ÓBITO PARA MULHER TRANS QUEIMADA VIVA NO CENTRO DO RECIFE

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on pinterest
Share on print
Share on email

A 5ª Vara de Família e Registro Civil do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) em Recife atendeu a pedido formulado pela Defensoria Pública do Estado de Pernambuco, para reconhecer a identidade de gênero posterior ao óbito de Roberta Nascimento, travesti que vivia em situação de rua e faleceu em julho de 2021, após ter sido queimada viva no Cais de Santa Rita, terminal de ônibus no centro do Recife.

A sentença determina que sejam alterados os registros de nascimento e de óbito, a fim de constar o nome e o gênero autoidentificados por Roberta enquanto em vida. Por não ter sua identidade de gênero legalmente reconhecida, o óbito de Roberta foi registrado em desconformidade com seu nome e gênero autopercebidos, o que causou também a busca por justiça.

Em razão da sua morte, itensificaram-se os debates em torno do direito a uma vida livre de discriminação e violência e da necessidade de respeito à identidade de gênero, levando, inclusive, ao pronunciamento do Chefe do Poder Executivo Municipal.

Após articulações com o Centro Municipal de Referência LGBT do Município do Recife, que promoveu o acolhimento da família, a Defensoria Pública do Estado passou a atuar em favor da mãe de Roberta, a fim de reconhecer a identidade de gênero dela, devolvendo-lhe a dignidade mesmo após a morte. É a segunda sentença sobre esse mesmo tema em Pernambuco, sendo ambos os pedidos formulados pela Defensoria Pública do Estado.

Em 2022, foi sancionada a Lei que instituiu o dia 24 de junho como o Dia Estadual de Combate ao Transfeminídicio. Já no dia de ontem, foi aprovado na Câmara Municipal do Recife o Projeto de Lei do Dia Municipal Roberta Nascimento de Enfrentamento ao Transfeminicídio.

Entenda o caso: em 24 de junho de 2021, Roberta Nascimento, que estava em situação de rua quando sofreu a violência, teve 40% do seu corpo queimado. Com lesões no tórax, abdômen, mãos e braços, ela ficou internada no Hospital da Restauração (HR) por 16 dias, mas não resistiu aos ferimentos e foi a óbito em julho daquele mesmo ano.

Notícias Recentes

Siga-nos

Notícias Mais Lidas

Quem Somos

A Defensoria Pública do Estado de Pernambuco é o órgão que cumpre o DEVER CONSTITUCIONAL DO ESTADO de prestar assistência jurídica integral e gratuita à população que não tenha condições financeiras de pagar as despesas de um advogado. Essa gratuidade abrange honorários advocatícios, periciais, e custas judiciais ou extra-judiciais.

Canais de Comunicação

Agendamento da Capital:
Redes Sociais:

© 2023 Todos os direitos reservados

Skip to content